sábado, 23 de agosto de 2008

Triglachromis otostigma

Triglachromis otostigma – Regani 1920


Sinónimos:Limnochromis otostigma (Sci);
Oriegem: Lago Tanganyika
Tamanho: 12 a 14cm
Ph: 7,5 a 9,0
Temperatura: 24 a 28ºC
Gh: 10 a 15

Descrição/Distribuição: O Triglachromis otostigma pode ser encontrado por todo o lago (Burundi, Congo, Tanzânia e Zâmbia). É encontrado em fundos arenosos e a profundidades entre os 2m junto à costa até aos 50m. Vive em cardumes numerosos e tem um comportamento pacífico e gregário. A sua alimentação é composta de pequenas presas que ele recolhe remexendo a areia com a sua grande boca. As barbatanas ventrais possuem sensores que lhes permitem detectar comida sobre a areia ou na presença de águas menos limpas e com visibilidade baixa, permitem a sua orientação.
Estes ciclídeos atingem normalmente os 10 a 12 cm.

Manutenção/Comportamento: É um escavador por excelência, abrindo grandes crateras na areia em poucas horas. Em aquário poderá ser um risco quando se tem montes de pedras empilhadas umas nas outras, pelo que é desaconselhável este tipo de decoração. Em vez disso deveremos providenciar vários túneis para eles se esconderem, como por exemplo tubos pvc.
Não é um ciclídeo muito interessante pelas suas cores, mas muito interessante pelo seu comportamento atípico.

Reprodução:

O Triglachromis otostigma pratica a incubação bucal do tipo bi-parental, as larvas são frequentemente trocadas entre os pais. No seu meio natural usam crateras sob a areia, escavadas pelos próprios, para se reproduzirem, se esconderem e salvaguardarem as crias dos predadores. Em aquário poderemos simular essas grutas com tubos PVC ou outros idênticos.

Experiência pessoal: Em Abril de 2008 adquiri 4 indivíduos adultos com tamanhos idênticos e sem sinais de dimorfismo sexual. Estão num aquário com as medidas 60x40x50 cm, com dois tubos PVC a simular as crateras que eles normalmente escavam no seu meio natural mas que em aquário é impossível eles fazerem devido à existência de pouca areia, algumas pedras e um pequeno tronco com alguns fetos de Java.
Em termos de agressividade entre eles e pelo que tenho observado, ela é praticamente nula, raramente se observa algum comportamento agressivo entre eles. Por vezes pode-se observar comportamentos intimidativos mas nunca de agressividade.
Em Julho de 2008 transferi os mesmos para um aquário de 2m juntamente com outras espécies de tanganyikas e outros. Pará já não noto nenhum comportamento reprodutor entre eles. Coloquei uns vazos na aquário para que eles se possam refugiar e terem um local para a reprodução.

Vou dando notícias dos ditos conforme vou tendo novidades!
João Magalhães Ago/2008

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