sábado, 15 de novembro de 2008

Hypsophrys nicaraguensis

Hypsophrys nicaraguensis (Günther, 1864)
Macho


Fêmea
Duas fotos de exemplares ainda jovens (6 a 8cm):



Espécie: Hypsophrys nicaraguensis
Nome comum: Ciclídeo mariposa, Nica, entre outros...

Sinónimos: Esta espécie há algum tempo atrás era associada ao Vieja actuais (desde o momento em que eles eram classificados como Theraps) antes de receberem o nome do género Copora. Actualmente pertencem ao género Hypsophrys.
Primeiramente descrito por Günther em 1864 como Heros nicaraguensis, tendo obtido posteriormente varias denominações como Cichlasoma balteatum (Gill & Bransford, 1877), Cichlasoma spilotum (Meek, 1912) até à denominação actual de Hypsophrys nicaraguensis devido a revisão feita ao género por Kullander y K.E. Hartel em 1997.
Descrição:
Existem pelo menos duas variantes cromáticas: “cabeça verde” que como o nome indica existe a cor azul-esverdeado na cabeça e na barbatana dorsal dos indivíduos de ambos os sexos e os de “cabeça amarela” capturados por Jean-Claude Nourissat em 1992 nos quais a cor azul é ausente e existe mais vermelho sobre o corpo dos machos e as fêmeas apresentam um ventre muito colorido. Infelizmente esta coloração desapareceu a partir da 3ª geração em aquário. Uma forma completamente amarela é por vezes proposta.
O seu corpo é alongado, a boca é pequena e situada na parte inferior, a cabeça é redonda e mais redonda à medida que os machos envelhecem. A cor base é o amarelo com vermelho no ventre da fêmea. Apresentam uma linha negra que percorre lateralmente o corpo desde o opérculo até ao pedúnculo caudal passando, ao meio do corpo, por uma grande mancha negra, em certas variantes podemos ver 4 ou 5 barras. A banda negra que atravessa o corpo longitudinalmente é uma característica dos juvenis até aos 8 meses. Nesta espécie a fêmea é mais colorida e mais atraente de os machos.
O macho fica com um comprimento máximo de 20 cm, e a fêmea com 15 cm. No entanto criamos por vezes em nossos aquários monstros de mais de 30cm e com uma bossa extremamente grande, fruto de uma alimentação excessiva.
Distribuição geográfica:
Está espécie é encontrada em lagos e rios de águas calmas da Costa Rica e da Nicarágua, nos Lagos Nicarágua, Managua e Xiloja, no Rio San Juan, e nas ribeiras e rios junto à costa.
Água:
Como muitos ciclídeos desta zona, e um peixe que se adapta a uma larga faixa de parâmetros de agua, estando óptimas com um pH entre 7.0 e 8.0, e GH entre 9 e 20º. Temperatura entre 23, 36ºC.
Comportamento:
É uma espécie calma e pouco agressiva, contudo se o espaço for pequeno os machos dominados não exibem as duas cores e normalmente não exibem bossa nem fica com a cabeça arredondada, e a lista no corpo fica sempre visível.
Em jovens podem ser mais agressivos, mas esta agressividade desaparece com a idade. Geralmente respeitam as plantas, embora as possam arrancar, e preferem estar com mais indivíduos da sua própria espécie. E um peixe muito activo.
Devemos mantê-los com espécies pacíficas, como outros ciclídeos centro americanos de carácter forte, sempre que caibam no aquário. Alguns de seus companheiros podem ser Neetroplus nematopus, Tomocichla tuba, Astatheros rostratus, Astatheros alfari, Archocentrus septemfasciatus, Archocentrus Nigrofasciatus, Archocentrus sajica, Herotilapia multispinosa, Thorichthys meeki.
Alimentação:
Peixe omnívoro, no seu meio natural os juvenis alimentam-se de insectos aquáticos, invertebrados, e larvas de insectos da superfície e algas, os adultos procuram comida no substrato, que podem ser sementes, pequenos moluscos, algas, etc. Em cativeiro aceitam qualquer tipo de comida, é aconselhável uma dieta variada incluindo comida congelada ou viva.
Aquário:
É recomendável um aquário com 400L, embora para um casal poderá servir um de 200L, é importante para os peixes que o tanque seja largo, não e recomendável colocá-los num aquário com menos de 1m de comprimento, para possam nadar à vontade. Pedras ou troncos formando grutas e covas, plantas fortes tipo Anubia protegendo as raízes para que não as arranquem. Não gostam de uma corrente forte, eles precisam de águas límpidas. E necessário sombras que dão sensação de segurança ao peixes.
Reprodução:
A fêmea escolhe o local onde fará a desova e cuidará da postura. Podem por os ovos em qualquer desnível do substrato. Em liberdade fazem a postura em grutas escavadas por eles próprios.
Podem por 200 a 400 ovos amarelos que protegem a todo custo, e quando convivem varias fêmeas, todas ajudam na defesa das crias, expulsando a qualquer intruso que deles se aproxime.
Esta espécie poderá começar a reproduzir antes de 1 ano de idade, neste caso ficarão mais pequenos como acontece no seu meio natural (os peixes que se reproduzem mais cedo têm tendência a ficar mais pequenos).

João Magalhães 15/11/2008

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